Cultura. Bom, o que vem a ser esta palavra? Será que uma coisa tão grande, tão infinitesimal, poderia ser traduzida em uma reles palavra como esta?
Porque cultura não são apenas os atos de um grupo de pessoas. Cultura é ação, é fato, é tato, visão, audição, olfato, paladar.
A cultura está e é tão bem difundida, que até um simples suspiro é cultural. E o melhor de tudo: ela está ligada a qualquer tipo de esporte, lazer ou trabalho. E falando em trabalho, acredito eu que no ramo em que estudo e trabalho, ela é uma (se não, a melhor) ferramenta, pois para agradar ao público ou ao cliente, você tem que entender sua necessidade.
Digamos o seguinte:
Um cliente pede para você desenvolver o design de um carro, que vai ser comercializado mundialmente. Você não vai poder pensar num carro que venda apenas no Brasil, você deve pensar em todas as pessoas do mundo. Deve pensar no americano, no porquê ele compraria o seu carro. No europeu principalmente, porque a direção é invertida e em uma classe específica, se o carro vai ser para o público jovem, velho, homens, mulheres, homossexuais (sim, porque não?).
Você tem que compreender os hábitos, os problemas e as necessidades de diversos públicos e justamente essas coisas é o que transformam em cultura.
Como você mesmo disse:
Existem culturas dentro de culturas.
Dentro de planetas existem nações, países, estados, cidades, bairros, tribos, grupos, amizades, famílias, sexos...
Um mero sistema de “coisas”, itens e detalhes que montam a cultura mundial. Tal como um quebra-cabeça e nossa função é compreender e saber utilizar (para o bem, lógico).
Um bom exemplo disso foi durante a saída de uma aula. Estava conversando com o Victor, sobre Star Wars, uma história que mostra culturas universais de grupos de pessoas à raças especiais, e durante a conversa, a Gabriela disse que nós éramos NERDS, daí surgiu um diálogo de que éramos mesmo, e que era necessidade ter esse conhecimento NERD, pois acaba sendo e gerando tanto conhecimento cultural, pelo simples fatos de sermos NERDS.
O mais importante: a cultura serve para conhecermos melhor o próximo, sabermos o que é aceito ou não em uma sociedade.
Se você for para o Japão, certos hábitos devem ser reprimidos, porque os hábitos culturais não são semelhantes. Lá você não cumprimenta as pessoas com beijo no rosto, o contato é mínimo, ao contrário daqui do Brasil, onde a cultura e os hábitos são mais soltos e menos tímidos. Assim como na Inglaterra, onde os hábitos são mais refinados.
Lógico que hoje, com a globalização, temos maior contato com culturas distantes e distintas umas das outras.
Mas essa união de povos, mesmo distantes por quilômetros e unidas por telas de computadores não faz com que existam culturas tão diferentes. Na verdade, acredito que as culturas estão se misturando e criando uma nova cultura, que eu chamo de “Cultura Híbrida” (se alguém já pensou nisso, é mera coincidência). A cultura híbrida é quando em uma sociedade (Brasil) têm muita mistura de etnias, hábitos e manias, fazendo com que culturas menos fortes, digo fortes aquelas culturas que são mais impostas, que têm um maior número de pessoas nesta cultura. Essas culturas acabam por sobrepujar as demais, e assim, algumas culturas passam a não existir mais, ou tem menos pessoas inseridas.
E sim, uma cultura pode morrer, pode ser esquecida e desaprendida. Veja se alguém conhece a cultura dos Atlantes? Todo mundo já ouviu falar de Atlântida, mas ninguém sabe como era – e eu acho impossível uma civilização existir, desaparecer e não ter nenhuma evidência de sua existência e mesmo assim ser citada e comentada por várias gerações e grupos de pessoas.
Sei lá, cultura é algo assim, meio de cada pessoa, não tem como explicar apenas com a própria palavra cultura.
Eu mesmo tenho muitos gostos que amigos meus também tem. Mas mesmo assim não é a mesma coisa, exemplo:
Eu jogo RPG (Role Playing Game) e gosto de aventuras e histórias medievais, mas colocando uma dessas histórias na minha perspectiva e narrativa não seria a mesma coisa na perspectiva de um desses meus amigos para narrar, suas experiências de vida e seus conhecimentos vão conduzir a história por um contexto completamente diferente, mesmo que contemos uma história igual, um exemplo no exemplo: nossa história pode ser sobre um Rei, que possui uma filha, que foi capturada, e está presa em uma cidade onde existe uma maldição.
Mas como será conduzida essa história? Como é esse rei? Como é a maldição? Como os heróis chegam até essa notícia? Tudo isso será diferente da minha narrativa se comparada com este meu amigo.
Muito semelhante é esta redação, eu até agora falei de NERD, regiões e RPG, resumidamente, mas as outras sessenta pessoas da sala vão escrever coisas diferentes, porque suas experiências esperanças e expectativas de vida são diferentes, ou seja, sua cultura é diferente. Alguns podem escrever mais, outros menos, uns podem ser sucintos, outros escrevem nada com nada, mas isso se demonstra que cultura é pessoal, transferível e infinita.
